
Sara Sousa
Anticorpo monoclonal é uma oportunidade para aumentar a esperança de vida dos doentes com mieloma múltiplo
Está em vista a apresentação de mais uma opção terapêutica para o mieloma múltiplo com a introdução de um anticorpo monoclonal, um fármaco direcionado aos doentes refratários a tratamentos anteriores, concretamente aqueles que não responderam a duas terapêuticas prévias, indica o Prof. Doutor João Paulo Cruz, no final da sessão “Introdução e Perspetiva da Farmácia Hospitalar” integrada no tópico “Isatuximab dos Estudos à Prática Clínica”, na 12.ª Reunião de Oncologia da APFH. Assista ao seu testemunho.
Gestão da COVID-19: como proteger os doentes hematológicos com risco acrescido de mortalidade?
“How can we help haematological patients who are still at risk of COVID-19?” foi o título de um simpósio, dinamizado pela AstraZeneca, que decorreu no dia 9 de junho, no Congresso da European Hematology Association (EHA). Os doentes com patologias hemato-oncológicas, conforme demonstra a evidência, têm um risco acrescido de mortalidade associada à COVID-19, sendo por isso prioritários quando se fala de profilaxia e tratamento desta doença. Ao longo desta sessão, três especialistas debateram a mais recente inovação nas estratégias profiláticas e terapêuticas que podem minimizar o impacto da infeção por SARS-CoV-2 nestes doentes.
Quais as novidades sobre a leucemia mieloide aguda?
Em entrevista à My Hematologia, o Dr. Guilherme Sapinho, do Hospital de Santa Maria, Lisboa, falou sobre o estado de arte da leucemia mieloide aguda (LMA) e destacou as apresentações do Congresso EHA 2022 que considerou mais relevantes nesta área, nomeadamente, a apresentação da nova proposta de classificação da LMA pelo International Consensus Classification.
Os novos paradigmas de tratamento da LMA em doentes não elegíveis para quimioterapia intensiva
“Changing Paradigms in the Treatment of Acute Myeloid Leukemia in Patients Ineligible for Intensive Chemotherapy” foi o título de um simpósio, dinamizado pela AbbVie no dia 9 de junho, por ocasião do Congresso da European Hematology Association (EHA22), que decorreu, este ano, num formato híbrido. Com o propósito de dar a conhecer as mais recentes novidades terapêuticas na área da leucemia mieloide aguda (LMA), este simpósio, de acordo com as palavras da moderadora Dr.ª Gail Roboz, que é diretora do Clinical and Translational Leukemia Program no Weill Medical College da Cornell University, em Nova Iorque, procurou “olhar para as futuras possibilidades de tratamento da LMA”. O Prof. Doutor Charles Craddock, que partilhou a moderação da sessão com a Dr.ª Gail Roboz, reconhece que “as terapêuticas-alvo são a consequência de um enorme investimento realizado nos últimos 70 anos”.
Leucemia linfocítica crónica: Benefício do uso limitado no tempo de venetoclax-obinutuzumab ± ibrutinib em relação à quimio-imunoterapia
O ensaio clínico randomizado GAIA/CCL13, de fase 3, apresentou a análise interina da sobrevivência livre de progressão dos quatro braços que constituem este estudo randomizado: quimio-imunoterapia; venetoclax-rituximab; venetoclax-obinutuzumab; e venetoclax-obinutuzumab-ibrutinib. O estudo atingiu os dois endpoints co-primários, isto é, a taxa de doença residual mínima não detetável e a sobrevivência livre de progressão foram superiores para os braços venetoclax-obinutuzumab±ibrutinib em comparação com o braço de quimio-imunoterapia. Os resultados do estudo (LB2365) foram apresentados a 12 de junho, no congresso da EHA 2022.
Leucemia linfocítica crónica: “Foram apresentados dados de ensaios e de estudos que já eram bastante aguardados”
“Foram apresentados dados de ensaios e de estudos que já eram bastante aguardados”, afirmou a Dr.ª Mariana Fernandes, hematologista no Hospital dos Capuchos, em entrevista à My Hematologia, dando destaque ao ensaio clínico CLL13, em contexto de 1.ª linha, e fazendo referência a outros estudos, nomeadamente um ensaio clínico de fase 2 e um estudo de vida real.
Avaliação geriátrica: uma “estratégia muito promissora” para caracterizar a resiliência do doente e o benefício do tratamento
Tendo em consideração a heterogeneidade funcional e clínica apresentada pelos doentes idosos com leucemia mieloide aguda (LMA), a My Hematologia convidou o Dr. Márcio Tavares a dar a sua perspetiva sobre a abordagem terapêutica mais adequada ao perfil de cada idoso, nomeadamente perante um indivíduo fit versus não-fit . O hematologista do Hospital de Braga identifica todos parâmetros necessários para tomada de decisão quanto à estratégia e intensidade de tratamento. Uma avaliação aprofundada destes doentes afirma-se como uma ferramenta fundamental para o plano de gestão da doença.
Medicamento de terapia celular da Kite para tratamento de LF recidivante ou refratário aprovado na Europa
A Kite, uma empresa Gilead, anunciou que a Comissão Europeia (CE) aprovou axicabtagene ciloleucel, uma das suas terapias celulares CAR T, para o tratamento de doentes adultos com linfoma folicular (LF) recidivante ou refratário, após três ou mais linhas de terapia sistémica. O axicabtagene ciloleucel mantém a designação de medicamento órfão nesta indicação.
Tratamento potencialmente transformador para a β-talassemia dependente de transfusões e a anemia falciforme
No Congresso da EHA 2022, o Prof. Doutor Franco Locatelli, da Sapienza, Universidade de Roma, apresentou os resultados dos ensaios clínicos CLIMB THAL-111 e CLIMB SCD-121, em que se infundiram células estaminais e progenitoras hematopoéticas autólogas com o locus BCL11A editado pela técnica CRISPR-Cas9, em doentes com β-talassemia dependente de transfusões e com anemia falciforme, respetivamente. A terapia aparenta ter potencial curativo.
Leucemia linfocítica crónica: quais as questões relevantes que devem ser debatidas?
Integrado no congresso EHA 2022, o simpósio da Abbvie “Navigating the continuum of care in CLL: Diving deep to individualize therapeutic decisions and improve patient outcomes”, debateu as principais preocupações associadas ao tratamento da leucemia linfocítica crónica, nomeadamente o tratamento de doentes de alto risco, qual a melhor sequenciação terapêutica e quais as considerações a ter para se otimizar a segurança dos doentes.