Entrevistas
Retratar a hemofilia de um modo “leve” é um dos objetivos propostos com a obra mais recente lançada a partir de uma iniciativa da Associação Portuguesa de Hemofilia e de Outras Coagulopatias Congénitas (APH). Dirigido a crianças com e sem a patologia, e aos pais que lidam de perto com a doença, o livro “Pedro – O primeiro dia de escola” contou com o seu lançamento no dia 11 de maio na FNAC do Colombo, em Lisboa. A My Hematologia falou com o presidente da APH, Dr. Nuno Lopes, e com a Dr.ª Paula Kjöllerström, dois dos autores da história, para conhecer os objetivos do projeto. Veja os testemunhos e a fotogaleria.
A utilização de daratumumab em primeira linha foi avaliada em doentes elegíveis (estudo CASSIOPEIA) e inelegíveis para transplante (nos ensaios MAIA e ALCYONE). Os resultados destes estudos estiveram na base da aprovação do anticorpo monoclonal anti-CD38 (daratumumab) como estratégia de tratamento de primeira linha do mieloma múltiplo (MM). Nas palavras da Prof.ª Doutora Catarina Geraldes, atual diretora do Serviço de Hematologia Clínica do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), esta comparticipação irá ampliar o acesso de “um maior número de doentes a terapêuticas inovadoras”, que demonstraram benefício face aos tratamentos clássicos.
“Daratumumab é o primeiro anticorpo monoclonal anti-CD38 aprovado no tratamento de primeira linha do mieloma múltiplo (MM), em associação a esquemas já utilizados como estratégia inicial, nomeadamente VTd (em doentes elegíveis para transplante) e VMP ou Rd em doentes não-elegíveis para transplante”, enquadrou o Dr. Rui Bergantim, hematologista no Centro Hospitalar e Universitário de São João, no Porto.
O anticorpo monoclonal anti-CD38 – daratumumab – acaba de obter a comparticipação para ser utilizado como tratamento de primeira linha do mieloma múltiplo (MM). No parecer do Prof. Doutor Paulo Lúcio, diretor da Unidade de Hemato-Oncologia do Centro Clínico Champalimaud, “a antecipação para primeira linha do tratamento com daratumumab” representa uma possibilidade para “melhorar a eficácia terapêutica do MM numa fase inicial” da doença.
Logo, EU NAVIGATE. Um consórcio europeu agregando a Bélgica, como país coordenador, Portugal – através da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) –, Países Baixos, Irlanda, Itália e Polónia, propõe-se, até 2025, testar uma intervenção suscetível de melhorar a qualidade de vida dos doentes oncológicos na faixa etária a partir dos 70 anos e das suas famílias. A intervenção tem como base, embora num modelo diferente, experiências nos Estados Unidos e no Canadá. Uma das nossas investigadoras, a Dr.ª Maja de Brito, e um dos colaboradores na geografia-objeto do estudo português – Região Centro –, o Prof. Doutor Vítor Rodrigues, olham com olhos de ver para esta “navegação”. E contam-nos o essencial do que anteveem sobre o projeto.
Um dos centros de excelência de tratamento de leucemias agudas é o Hospital de Santa Maria (HSM) que recebe os doentes com leucemias agudas, sem restrições em relação ao seu historial clínico. Em entrevista à My Hematologia, a Dr.ª Helena Martins, do Serviço de Hematologia, explicou a realidade do acompanhamento e tratamento destes doentes desde a sua admissão. Mas há uma questão, o HSM é um espaço limitado e precisa que haja complementaridade com outros centros de Lisboa para que doentes desta região não sejam transferidos para outras cidades, ficando longe da família e amigos.
Numa intervenção centrada nas células T CAR e na possibilidade de serem o futuro da Hemato-Oncologia, o Prof. Doutor Joaquín Martinez-Lopes, do Hospital Universitário 12 de Octubre de Madrid, acredita haver “resultados muito promissores em linfomas e mielomas”. Assista à entrevista.
“Foram apresentadas entidades raras, mas que são transversais a várias especialidades, desde a Hematologia, Nefrologia, Medicina Interna, daí a presença de outros oradores que não hematologistas”, refere a Prof.ª Doutora Emília Cortesão, do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, durante a 30.ª Sabatina de Hematologia. Assista à entrevista.
Nesta 30.ª Sabatina, aproveitou-se para juntar especialistas da área e abordar as terapêuticas com células T CAR, tendo em conta que, apesar de nunca ter sido abordada em sabatinas anteriores, “é uma terapêutica inovadora”, refere a Prof.ª Doutora Catarina Geraldes, membro da comissão científica do evento. Assista à entrevista.
Numa intervenção que passou também pela discussão dos resultados da “utilização mais precoce de células T CAR num linfoma difuso de grandes células B em segunda linha é uma indicação que foi aprovada nos EUA este mês e ainda não foi aprovada na europa, no entanto, antecipa-se como é habitual que a europa aprove não daqui a muito tempo, e penso que os resultados são interessantes”, salienta a Prof.ª Doutora Maria Gomes da Silva. Assista à entrevista.