Opinião
A leucemia aguda linfoblástica (LAL) é a neoplasia mais comum da idade pediátrica – seis mil casos por ano, constituindo um terço das neoplasias da criança. No entanto, esta patologia também atinge os adultos, sendo a sua incidência de aproximadamente 48 mil casos por ano. Em Portugal é de 60 a 75 casos por ano. O pico de incidência é entre os dois e os cinco anos de idade. Contudo, é uma patologia rara na criança.
O mieloma é uma doença relativamente rara, basicamente incurável, com cerca de 500 casos novos/ano em Portugal. Ligeiramente mais frequente nas mulheres do que em homens, é uma gamapatia monoclonal, situada no espectro das doenças linfoproliferativas. É, por excelência, a doença maligna dos linfócitos B produtores de anticorpos, denominados de plasmócitos. Assim, é uma doença com características de linfoma e leucemia linfocítica crónica, com agressividade variável e clínica diversificada.
O tromboembolismo venoso (TEV), entidade que engloba a trombose venosa profunda (TVP) e a embolia pulmonar (EP), constitui uma das três principais causas de morte cardiovascular no mundo. Trata-se, genericamente, de uma situação clínica provocada pela formação de coágulos no sistema venoso (habitualmente dos membros inferiores) que provocam a sua obstrução (TVP) e, em cerca de 25-50% dos casos, a sua posterior fragmentação e progressão (embolização) para o sistema arterial pulmonar (EP).
A incidência do linfoma não-Hodgkin (LNH) tem aumentado globalmente e com o aumento da idade média de vida prevê-se que continue a aumentar. No tratamento deste tipo de patologia utiliza-se rituximab, um anticorpo monoclonal, que tem como alvo as células CD20 onde se liga e erradica as células de linfoma através de três mecanismos: citoxicidade dependente do complemento (CDC), citoxicidade celular dependente do anticorpo (ADCC) e por morte celular direta. O rituximab liga-se especificamente ao antigénio transmembranar, CD20, uma fosfoproteína não-glicosilada, localizada nos linfócitos B maduros e nos linfócitos pré-B.
A mielofibrose é uma neoplasia mieloproliferativa rara cujo diagnóstico, muitas vezes difícil, se baseia em critérios clínicos, morfológicos, citogenéticos e moleculares. Não havendo, no entanto, nenhuma característica patognomónica, o diagnóstico de exclusão acaba por ser o método disponível.